A sigla ESG significa “Environmental, Social and Governance”, que em tradução livre quer dizer o conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa na busca pela sustentabilidade.
No setor industrial, a prática do ESG é ainda mais urgente, tendo em vista a dimensão das cadeias produtivas industriais e a importância do segmento no uso racional de recursos, como a energia elétrica.
Pensando nisso, preparamos este conteúdo que explica os pilares do ESG na indústria e as vantagens dessa prática, trazendo 3 dicas para se adaptar à governança ambiental e valorizar a sua marca no mercado.
O que é ESG?
Cuidado ambiental, responsabilidade social e governança corporativa são as palavras-chave quando falamos em ESG. Esses critérios devem balizar as práticas industriais para que as empresas consigam produzir em larga escala sem gerar impactos socioambientais significativos.
Ou seja, os critérios do ESG avaliam como a indústria lida com o meio ambiente, além de considerar aspectos como a qualidade de vida no local de trabalho e a valorização da saúde e bem-estar dos colaboradores. O investimento em soluções sustentáveis é atualmente a alternativa mais eficiente para se enquadrar nesses critérios.
Os três pilares do ESG
Como o próprio nome indica, os três pilares do ESG são os seguintes:
- Ambiental: foco nas práticas industriais voltadas para o cuidado com o meio-ambiente e utilização racional de recursos, por exemplo, uso consciente de água e energia elétrica, além do combate à poluição e ao desmatamento;
- Social: foco na responsabilidade social dos gestores quanto aos impactos da cadeia industrial na comunidade onde a fábrica está inserida, considerando aspectos como Segurança do Trabalho e qualidade de vida no local;
- Governança: foco nas políticas de gestão da indústria, as quais devem se basear em práticas anticorrupção, auditorias internas e disponibilização de canais de denúncias de atos ilícitos.
ESG na indústria: entenda sobre essa iniciativa
A primeira vez que se ouviu falar sobre ESG foi em 2005, no relatório “Who Cares Wins” (Ganha Quem se Importa) da Organização das Nações Unidas (ONU). De lá para cá, muitos avanços surgiram no âmbito da transformação digital, proporcionando uma série de novos recursos inteligentes para aliar produtividade e sustentabilidade na indústria.
Quanto mais a indústria avança nesse sentido, mais a responsabilidade social dos gestores aumenta no que diz respeito ao cuidado ambiental e implementação de ações que valorizem os direitos humanos. A saúde, o bem-estar e a integridade física dos colaboradores, por exemplo, devem vir em primeiro lugar.
Portanto, ao falar em ESG na indústria, não se trata apenas de priorizar os investimentos em soluções sustentáveis para consumo racional de recursos, mas, também, de proporcionar um ambiente corporativo saudável e salubre. Entre os resultados positivos que a prática do ESG traz para o universo do trabalho, podemos destacar:
- Gestão assertiva e redução de riscos socioambientais;
- Menos despesas operacionais e otimização do fluxo orçamentário;
- Aumento da produtividade dos colaboradores e do rendimento geral;
- Fidelização de clientes que optam pelo consumo sustentável;
- Consolidação de uma imagem positiva da indústria no mercado;
- Mais competitividade diante dos concorrentes diretos;
- Baixa rotatividade e manutenção de talentos entre as equipes.
Por que as indústrias valorizam o ESG?
Atualmente, não há como falar em produção industrial sem considerar fatores como sustentabilidade, eficiência energética e cuidado ambiental. Como esses assuntos estão no topo do ranking do universo corporativo, as indústrias que trabalham de forma sustentável vêm chamando cada vez mais atenção dos investidores e do mercado financeiro em geral.
Por isso, o segmento industrial valoriza tanto o ESG, pois sabe que se não viabilizar práticas mais inteligentes e com menos impactos ambientais poderão ficar para trás na corrida pela competitividade. Além disso, como os ganhos surgem já a curto prazo, os gestores de indústria entendem a sustentabilidade também como um motor para a rentabilidade da empresa e para a atração de consumidores de perfil consciente.
Já se sabe, por exemplo, que empresas sustentáveis vendem mais. Portanto, transformar a cadeia produtiva de modo a torná-la mais otimizada é algo urgente no setor industrial. Isso pode ser feito por meio do reforço à cultura da inovação no ambiente de trabalho e do investimento em soluções que operem em alta performance, consumindo o mínimo possível de recursos, sobretudo em relação ao uso de eletricidade.
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É possível favorecer as iniciativas de ESG com a transformação digital e a Indústria 4.0?
Sim. Na verdade, a prática da ESG anda de mãos dadas com a transformação digital e os recursos trazidos pela Indústria 4.0. Afinal, somente é possível viabilizar uma cadeia de produção ecologicamente correta contando com o suporte das novas tecnologias.
A digitalização de processos administrativos, por exemplo, é um caminho muito fértil para a otimização do trabalho industrial. Além de reduzir custos com a papelada do escritório, digitalizar certas demandas evita a necessidade de infraestrutura física de armazenagem.
A automatização de tarefas operacionais também é muito vantajosa do ponto de vista da produtividade das equipes. Assim, atividades que antes eram realizadas de forma manual e repetidamente, poderão ser feitas de forma automática por meio de dispositivos inteligentes. Isso evita sobrecarga de trabalho e deixa as equipes mais livres para focar naquelas demandas que realmente necessitam do fator humano.
O investimento em soluções inteligentes que tragam mais conforto e ergonomia para o local de trabalho também é uma prática da Indústria 4.0. Um exemplo são os sistemas de iluminação e ventilação natural, que proporcionam um ambiente de trabalho com conforto visual e térmico sem consumir energia elétrica.
Todos esses recursos inovadores que derivam dos avanços tecnológicos são atualmente indispensáveis para aplicar o ESG na indústria. Como dissemos, é praticamente impossível trabalhar de forma sustentável e eficiente sem contar com sistemas automatizados. Por isso, invista em boas soluções tecnológicas para dar o primeiro passo em busca de uma governança socioambiental na fábrica.
3 dicas para implementar práticas de ESG na sua indústria
Reunimos algumas dicas certeiras para você se adaptar ao ESG no segmento industrial.
1. Defina seu planejamento de governança
Um projeto de implementação da cultura digital e alinhamento com as práticas de ESG demanda muito planejamento e visão estratégica. Não basta contar com as tecnologias mais avançadas para otimizar a linha de produção se os colaboradores não estiverem bem treinados diante dessa mudança de paradigma, por exemplo.
Portanto, comece sua prática de governança por meio da conscientização da sua força de trabalho. Permita que seus colaboradores compreendam a importância de se atualizarem frente às novas tecnologias do setor industrial, mostrando que isso trará benefícios em larga escala para todos os envolvidos. Reforce que os ganhos se refletirão em qualidade de vida no trabalho, eliminação da sobrecarga e estímulo à produtividade.
2. Saiba quais são as melhores oportunidades de negócio
Para adotar práticas efetivas de ESG você vai precisar de bons parceiros e fornecedores especializados, de modo a impulsionar os benefícios da sustentabilidade tanto no âmbito econômico, como no âmbito socioambiental. Isso é muito válido também do ponto de vista do departamento de recursos humanos das empresas, pois, como vimos, não se faz um ambiente corporativo saudável sem o apoio do coletivo.
A cultura da inovação deve estar presente de forma horizontal, desde os diretores até o chão de fábrica, sem hierarquias que possam comprometer o engajamento dos colaboradores com as novas práticas industriais. Nesse sentido, firmar parcerias que tragam vantagens a todos os envolvidos é fundamental para que a força-tarefa da empresa se mantenha motivada e estimulada a produzir com eficiência.
3. Ajuste estratégias e avalie os resultados com frequência
Todo tipo de mudança demanda ajustes em curto, médio e até longo prazo, conforme os resultados vão surgindo. A avaliação de desempenho do negócio e dos próprios colaboradores em nível individual é imprescindível para identificar possíveis gargalos na linha de produção e corrigi-los antes de se tornarem um problema grave.
Essa avaliação também é muito vantajosa no que diz respeito à definição de padrões de sucesso. Quando o gestor avalia os resultados com uma frequência regular, fica mais fácil identificar quais estratégias vêm dando certo e, assim, replicá-las entre os demais colaboradores para impulsionar ainda mais os benefícios.
Com esses cuidados, a implementação das práticas de ESG será um percurso espontâneo na sua gestão, envolvendo todos os membros da equipe na busca por uma linha de produção mais efetiva, promissora e consciente quanto ao uso dos recursos operacionais.
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