Existem algumas normas que versam sobre o projeto luminotécnico industrial com iluminação natural. Saiba como se adequar a elas!
A NBR 5413 é uma norma brasileira que estabelece os requisitos mínimos adequados de iluminância para ambientes internos, levando em consideração fatores como conforto visual, segurança e desempenho das atividades realizadas no local. Ela é o principal guia na elaboração de um bom projeto luminotécnico, incluindo o uso de equipamentos de iluminação natural.
Neste conteúdo, discutiremos estratégias para incorporar um sistema de iluminação natural no projeto luminotécnico industrial, com o objetivo de cumprir as normas e obter um melhor aproveitamento desse valioso recurso, que oferece uma série de vantagens. Continue a leitura para ficar por dentro do assunto!
Como aliar iluminação natural e artificial?
A iluminação insuficiente pode gerar uma série de problemas, como o descumprimento das normas técnicas, o aumento do risco de acidentes de trabalho e, até mesmo, a desvalorização de espaços e o mal-estar dos colaboradores no ambiente.
Além disso, a iluminação desempenha um papel crucial na percepção de um ambiente, influenciando diretamente na experiência dos clientes — afinal, recebê-los em uma fábrica ou escritório mal iluminado pode causar uma impressão negativa.
Por outro lado, o excesso de iluminação no ambiente também pode ser prejudicial. Por essa razão, a NBR 8995 estabeleceu um índice de ofuscamento que deve ser respeitado para garantir o conforto visual dos trabalhadores.
Para acertar na iluminação de seu galpão industrial, um bom projeto luminotécnico é essencial. É nesse momento que a atuação conjunta da luz natural e artificial entra em jogo. Um projeto bem elaborado busca aproveitar o máximo das vantagens oferecidas pela iluminação natural e pela artificial, permitindo que ambas se complementem de forma eficiente.
É verdade que a iluminação natural pode dispensar o uso constante das luminárias durante boa parte do tempo, mas é recomendado que elas não sejam totalmente eliminadas, pois podem ser utilizadas nos períodos com céu nublado, quando a iluminação natural pode estar reduzida, e durante a noite, quando não há luz natural disponível.
Ao buscar um equilíbrio entre a iluminação natural e artificial, um projeto luminotécnico bem elaborado considera todos esses aspectos, levando em conta as normas técnicas, o conforto visual, a eficiência energética e a experiência dos ocupantes. Por meio dessa abordagem integrada, é possível criar um ambiente bem iluminado, seguro, confortável e que proporcione uma boa impressão.
Como fazer um bom projeto luminotécnico?
Uma excelente fonte de informações sobre projetos luminotécnicos é a consulta de publicações especializadas, como o livro “Iluminação: Simplificando o Projeto” de Mauri Luiz da Silva. Esse livro oferece um guia completo, que abrange diversos aspectos do projeto de iluminação — desde a seleção de luminárias até a aplicação de conceitos de iluminação natural e artificial.
Outra fonte de referência interessante é a dissertação “Integração de iluminação natural e artificial: Métodos e guia prático”, de Beatriz Guimarães Toledo. Nela, são apresentados métodos e um guia prático para a integração eficiente da iluminação natural e artificial em projetos luminotécnicos.
Embora seja possível resumir os procedimentos principais em alguns passos, é altamente recomendado investir na leitura e no estudo desses materiais para obter uma compreensão mais aprofundada sobre projetos luminotécnicos. Essas publicações oferecem informações valiosas, exemplos práticos e diretrizes para um projeto bem-sucedido.
Introdução às normas
A norma NBR 8995 é, de fato, abrangente e requer um estudo aprofundado ou a contratação de um profissional especializado para sua compreensão e aplicação adequada. Para auxiliar nesse processo, a norma inclui quatro anexos que detalham os principais passos e cálculos envolvidos no projeto luminotécnico.
- Anexo A: exemplifica as áreas de tarefas e o entorno imediato, fornecendo diretrizes para a elaboração do projeto. Ela também aborda a verificação de iluminância necessária para cada ambiente, levando em consideração as atividades realizadas em cada área.
- Anexo B: são apresentados os critérios de cálculos para a elaboração do projeto, discutindo os pontos de medição, as medidas a serem consideradas e raios relacionados ao nível de lux necessário em determinado ponto de trabalho.
- Anexo C: trata dos cálculos e da determinação das variações do ofuscamento, orientando sobre como calcular e encontrar o índice de ofuscamento tolerável para cada situação — o controle de ofuscamento é fundamental para garantir o conforto visual dos trabalhadores.
- Anexo D: discorre sobre a manutenção dos equipamentos de iluminação e seu desgaste ao longo do tempo. Aborda a importância da manutenção regular para garantir o desempenho adequado das luminárias e a conservação dos níveis de iluminância estabelecidos no projeto.
É importante destacar que esses anexos fornecem diretrizes e informações técnicas específicas para o projeto luminotécnico, mas a interpretação correta e a aplicação adequada da norma exigem conhecimento especializado. Portanto, recomenda-se a consulta de profissionais capacitados ou o estudo aprofundado da norma e seus anexos para um projeto em conformidade com as normas e os requisitos de iluminação.
Passo a passo de um projeto
Para realizar um projeto luminotécnico eficiente, é necessário considerar diversos aspectos que envolvem o ambiente, as normas técnicas, as necessidades dos usuários e a eficiência energética. Abaixo, confira os principais elementos que devem ser levados em conta.
- Levantamento de dados: faça um levantamento completo das características do ambiente, como dimensões, layout, atividades desenvolvidas, mobiliário, cores das superfícies, entre outras. Essas informações serão fundamentais para determinar os requisitos de iluminação.
- Normas e regulamentações: é necessário determinar a Iluminância Mantida, o Índice de Reprodução de Cores Mínimo e o Índice de Ofuscamento Unificado conforme as NRs vigentes relacionadas à iluminação, como a NBR 8995, que estabelece os critérios e parâmetros para iluminação de ambientes internos. Nela, é preciso conferir a tabela na seção 5, para identificar em qual ambiente, tarefa e atividade a edificação se insere.
- Elaboração do projeto: para desenvolver o projeto, a opção mais comum é a utilização de softwares para o cálculo dos índices especificados da norma — como o Dialux, CALCULUX, Realux Pro, entre vários outros.
- Integração da iluminação natural: é preciso atender à especificação da seção 4.7 da norma, calculando a área das aberturas para obter o nível de iluminância requerido ou complementar. Uma opção eficaz para essa integração é a utilização de venezianas industriais, que permitem o controle da entrada de luz natural, otimizando a iluminação do ambiente. Essa etapa deve ser feita por um profissional especializado
- Cálculos e documentações: é importante elaborar uma documentação completa do projeto, incluindo planos, diagramas, especificações técnicas das luminárias e sistemas de controle, além de memórias de cálculo e relatórios que descrevem todas as etapas do projeto.
- Elaboração do programa de manutenção: conforme o anexo D, deve-se elaborar um programa de manutenção preventiva para garantir o bom funcionamento e a durabilidade dos sistemas de iluminação ao longo do tempo.
Principais cuidados
Um aspecto importante a ser considerado em relação à iluminação natural é a sua variação em termos de intensidade e composição espectral ao longo do tempo. A norma ressalta que a iluminação de um ambiente interno sofre influências dessas variações naturais.
É fundamental ter cautela para evitar a exposição direta das pessoas à luz solar e reconhecer que a iluminação artificial suplementar é necessária para equilibrar e garantir os índices de iluminação mínimos requeridos.
A norma recomenda a utilização de regulação automática e dimerizadores para garantir a integração adequada entre a iluminação natural e a artificial. Por fim, um aspecto pouco lembrado nos projetos de iluminação natural, a fim de prevenir o ofuscamento, deve ser previsto no projeto de proteções específicas para as janelas e demais aberturas.
Como as venezianas de policarbonato se adequam a um bom projeto luminotécnico?
As venezianas de policarbonato podem desempenhar um papel significativo em um projeto luminotécnico industrial que busca maximizar a iluminação natural. devido à sua durabilidade, resistência ao impacto e taxa de transmissão luminosa. O policarbonato é um tipo de plástico que é notavelmente resistente e pode suportar condições climáticas extremas, tornando-o ideal para uso em venezianas.
Aqui estão algumas maneiras pelas quais elas podem ser adaptadas:
Maximização da luz natural: As venezianas de policarbonato são translúcidas o que permite que a luz natural entre no ambiente. Isso pode ser estrategicamente usado para iluminar uma fábrica ou outro ambiente industrial de maneira uniforme por cerca de oito horas, dependendo da localização e do design do edifício.
Personalização do projeto: Empresas especializadas em iluminação, como o Grupo MB, desenvolvem projetos de iluminação personalizados para uma ampla variedade de espaços. Temos um time de projetos especializados no segmento. As venezianas de policarbonato podem ser incorporadas nesses projetos para atender às necessidades específicas de iluminação natural de um ambiente industrial.
Adaptação estratégica: Algumas empresas desenvolvem equipamentos exigentes com sistemas fotométricos que permitem que a luminária seja estrategicamente colocada e adaptada ao local. As venezianas de policarbonato podem ser parte desse sistema, permitindo uma adaptação mais precisa à iluminação natural.
Embora as normas e a elaboração de projetos luminotécnicos envolvam muitos termos técnicos e cálculos, é esse projeto que garante que a sua obra/edificação vai atender às normas legais e obter o máximo de eficiência possível. Isso tudo garantindo o conforto visual e toda a produtividade atrelada à iluminação eficiente do ambiente de trabalho.
Com os softwares de simulação e o projeto de iluminação, a maior parte dos cálculos é feita automaticamente. Dessa forma, boa parte do trabalho será apenas especificar modelos de luminárias e identificar os parâmetros corretos na NBR 8995.
Agora que você sabe mais sobre um projeto luminotécnico industrial com iluminação natural, entre em contato com um consultor do Grupo MB e tire todas as suas dúvidas sobre como fazer um bom projeto com os melhores equipamentos de iluminação natural do mercado!