Apesar de o segmento industrial ocupar um papel de destaque na economia brasileira, atualmente o setor sofre com as oscilações da crise sanitária e econômica decorrentes da Covid-19. Nesse contexto, pensar a indústria na pandemia tem exigido dos gestores uma série de adaptações para que consigam superar esses impactos e retomar o crescimento interrompido em 2020. Continue a leitura e entenda melhor o cenário!
Indústria na pandemia: principais impactos
Embora o setor industrial tenha conseguido ao longo de 2020 superar os impactos dos meses iniciais da pandemia, o cenário no primeiro trimestre de 2021 demonstra novas quedas nas atividades industriais e no faturamento em geral.
A seguir, resumimos os principais impactos desta crise.
Retração econômica
Especialmente na primeira onda da pandemia, a desestruturação das cadeias produtivas surgiu como uma consequência imediata das incertezas quanto ao comportamento do vírus no Brasil. A compra de insumos foi temporariamente suspensa e os estoques foram drasticamente reduzidos. Isso fez com que levasse muitos meses até que o setor industrial iniciasse um processo de retomada.
No entanto, com as novas ondas de contaminação que foram surgindo, o momento no setor voltou a ficar crítico, com desacelerações consecutivas no primeiro trimestre de 2021. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nível de produção industrial caiu 2,4% em março de 2021, em comparação com o mês anterior.
Esse recuo reflete o endurecimento nas medidas restritivas adotadas pelas esferas estaduais e municipais na tentativa de conter o avanço do contágio em um cenário de imunização lenta. Assim, com as jornadas de trabalho da indústria na pandemia interrompidas e as paralisações em larga escala, toda a cadeia produtiva fica comprometida. Não à toa, os índices de queda na produção mensal afetaram os mais variados segmentos, como aponta o IBGE:
- confecção de artigos do vestuário: queda de 14,1%;
- confecção de couro, artigos de viagem e calçados: queda de 11,2%;
- produtos farmoquímicos e farmacêuticos: queda de 9,4%;
- produção automotora, reboques e carrocerias: queda de 8,4%;
- produção têxtil: queda de 6,4%;
- produtos de borracha e de material plástico: queda de 4,5%;
- produção de bebidas: queda de 3,4%.
Falta de insumos
Os resultados negativos apontados no tópico anterior têm como pano de fundo o agravamento dos níveis de contágio ao longo da pandemia, o que leva à maior restrição de circulação de pessoas e, consequentemente, do trabalho. Além disso, a paralisação no fornecimento de insumos também atrasa significativamente a produção. É o que mostra uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 1.782 empresas.
Segundo esse levantamento realizado em fevereiro de 2021, mais de 70% da indústria na pandemia no Brasil está com dificuldade para conseguir insumo e matéria-prima – nacionais e importadas. Isso ocasiona a redução dos estoques e reflete diretamente no atendimento ao público, que fica sem o produto final.
Dificuldade de atendimento
O cenário de paralisações decorrentes das novas ondas de contágio da Covid-19 atrapalha não somente os segmentos industriais em geral, mas também o consumidor, como dissemos acima. Ainda segundo o levantamento da CNI, 45% das indústrias que responderam à pesquisa afirmaram que não estão conseguindo suprir as demandas mensais. Para 37% dessas empresas, as perspectivas de melhora ainda são lentas.
Alternativas para enfrentar este cenário
Infelizmente, em curto prazo o cenário não está favorável para a retomada do crescimento da indústria na pandemia. Nesse contexto, o que os gestores podem fazer é investir em alternativas como mudanças e adaptações nos processos, visando reduzir os custos operacionais para equilibrar a queda no faturamento.
Um processo assertivo de gestão de crise e de pessoas também é fundamental nesse cenário, tendo em vista que muitas empresas perderam colaboradores vítimas da Covid-19. Muito se fala em um “novo normal”, o que sugere que os processos não serão mais os mesmos, a exemplo das empresas que lançaram e-commerces e oficializaram o home office a partir da pandemia, pois perceberam que assim os custos operacionais são menores.
O investimento em soluções sustentáveis para otimizar a cadeia produtiva é outra aposta certeira dos gestores, como os projetos de retrofit industrial com sistemas de iluminação e ventilação natural que trazem eficiência energética e estimulam a produtividade mesmo com mão de obra reduzida. Considerando-se que essas soluções têm retorno garantido, essa é mais uma alternativa para superar a crise da indústria na pandemia e retomar o crescimento.
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