Antes de mais nada, vamos compreender o conceito de iluminação zenital, que nada mais é do que a iluminação que vem de cima, em referência ao céu – o zênite, o ponto mais elevado. O cuidado e interesse neste conceito vem de uma forte tendência na arquitetura sustentável e possui grande motivador baseado na necessidade de iluminar grandes espaços cobertos, onde somente as janelas tradicionais não seriam suficientes.
Vamos começar conhecendo um pouco dos recursos arquitetônicos de iluminação zenital mais recorrentes para construções de modo geral. Em seguida, vamos falar sobre como aplicar isso na sua indústria. Acompanhe!
Tipos de iluminação zenital
Claraboia
A claraboia é uma ótima alternativa em iluminação zenital para cômodos que não permitem elementos laterais, como janelas ou portas de vidro. Esta melhoria na entrada de luz pode ser alcançada com aberturas horizontais posicionadas na cobertura das edificações. Isso permite a entrada direta da luz natural ao interior da construção.
Uma atenção a ser dada a esta estrutura é o cuidado com o ganho em aquecimento do interior, ou seja, ela tende a favorecer o aumento de calor interno. Diante disto, é importante o posicionamento estratégico no que diz respeito às suas dimensões e materiais vedantes.
Cúpula ou domo
As cúpulas já são utilizadas tradicionalmente na arquitetura por séculos. Esse tipo de recurso para iluminação zenital é o mesmo que abóbadas, porém, com a peculiaridade de transmitir a sensação de que a estrutura é maior do aparenta. Dessa maneira, proporciona um efeito de maior alcance da iluminação.
Assim como na solução anterior, neste caso também deve-se prestar atenção ao aquecimento interno, que pode se tornar crítico pelas grandes dimensões utilizadas nesta aplicação. O cuidado está em manter as cúpulas em espaços amplos com elevado pé-direito e posicionadas em locais de pouca circulação de pessoas, como pátios ou zonas centrais.
Átrio
Também um velho conhecido da arquitetura, o termoátrio já era utilizado para designar o pátio central das casas gregas e romanas, ou seja, um espaço central aberto.
Um bom exemplo de aplicação são em grandes obras, com coberturas translúcidas, tais como:
- Shopping centers;
- ginásios esportivos.
Este tipo de construção costuma possuir um padrão de estrutura triangular capaz de vencer grandes vãos livres.
Por outro lado, a estrutura de átrio não é recomendável em áreas de grande tempo de permanência, como quartos ou salas de estar. Isso porque a grande incidência de luz pode aquecer muito o ambiente e torná-lo claro demais, comprometendo o conforto de quem permanecer no espaço por muito tempo.
Shed em edifícios industriais
O shed, empregado especialmente em edifícios industriais e galpões com coberturas metálicas, tem como principal característica a geometria em dente de serra dos telhados. Também, a estrutura possui inclinações estrategicamente dispostas de modo a receber determinada quantidade de luz.
Podem existir variações em dimensões e inclinações, concebidas a partir da necessidade de iluminação do espaço. Isto permite maior controle da entrada de luz, onde é fundamental garantir uma boa vedação para impedir qualquer tipo de infiltração proveniente de chuva.
Usualmente, sheds são posicionados em relação à fachada com menor insolação (sul no hemisfério sul e norte, no norte), permitindo receber luz natural sem raios solares diretos.
Assim, as coberturas em shed acumulam algumas vantagens em relação às configurações vistas anteriormente. Os espaços para entrada de luz são menores e lineares, logo mais distribuídos, permitindo iluminação e calor interno melhor controlados.
+ Saiba mais: Coberturas para construções industriais – como escolher?
Solução única e versátil: domus lineares
Após tudo que vimos neste artigo, queremos destacar o que há de mais moderno, eficiente e versátil quando o assunto é iluminação zenital na indústria. Para galpões industriais as soluções mais modernas e usadas de forma recorrente são os domus lineares ou contínuos de policarbonato.
Com o domus ventilado (que consiste em um lanternim com cumeeira em policarbonato) pode-se utilizar uma única solução tanto para iluminação quanto ventilação zenital, adaptável aos mais variados tipos de cobertura utilizados em edifícios industriais. O domus ventilado pode, além de ser instalado em projetos novos, ser utilizado em construções já existentes, tendo impacto extremamente positivo em obras de retrofit, veja:
Esta solução permite tanto a exaustão gravitacional – ventilação natural utilizando o efeito chaminé e efeito Venturi – quanto a entrada de luz natural, acumulando benefícios como:
- economia de energia;
- iluminação de qualidade sem consumo de eletricidade;
- renovação do ar sem uso de eletricidade nem ruído;
- controle da temperatura e conforto térmico interno;
- sustentabilidade.
+ Saiba mais: Retrofit em construções industriais – saiba se vale a pena e por onde começar
Soluções Grupo MB
O grupo MB trabalha há mais de 16 anos em soluções de iluminação e ventilação natural para a indústria, as quais se adaptam a praticamente todos os tipos de coberturas utilizadas em galpões de fábricas, armazéns, ginásios, etc.
Dentre estas soluções, o domus ventilado que pode ser adequado em diversos tipos de cobertura, facilitando ao máximo a saída de calor, a máxima entrada de luz, e impedir qualquer acesso de água de chuvas ao galpão.